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O mundo da Ch@p@

2010 - A banda sonora

A.N, 30.12.10

 

Lay Lady Lay - Bob Dylan

Man of the hour - Eddie Vedder

Le toi de moi - Carla Bruni

Crystalised - The XX

This Charming Man - The Smiths

Oh No - The Smiths

Sexy Sadie - The Beatles

Absolute Beginners - David Bowie

Somewhere in my heart - Aztec Camera

Write about love - Belle and Sebastian

Tranquilo - Bebel Gilberto

Sweet Disposition - The Temper Trap

Best friends - The Drums

Running up that hill - Chromatics

My best friend´s girl - The Cars

Juveniles - The Walkmen

Bulletproof - La Roux

Ankle Injuries - Fujiya&Miyagi

 

 

 

 

 

In Slow Motion

A.N, 29.12.10

 

Uns queridos amigos trocaram de vida.

Arriscaram deixar a sua casa na Alemanha, casar num dia soalheiro em Portugal, partir a cavalo para  a Mongólia fora, para depois aterrar, de pés descalços e mãos árduas, em Ribeirão Preto para investigar, trabalhar e começar uma nova vida.

Não temeram a mudança, a casa que tinha que ser limpa e civilizada, o calor permanente e a distância.

Partiram e para trás, só olham quando têm saudades.

Boas notícias para 2011

A.N, 28.12.10

"Estimada sócia,

 

Através de uma pesquisa à nossa base de dados, constatámos que V.Exa. entre 01/01/2011 e 31/12/2001 completará 30 anos. Como tal, em Janeiro de 2011 passará a ter quota individual entre os 30 e os 65 anos, cujo valor é [...]*"

 

 

 

* 30% mais caro do que pagava até agora.

 

 

É reconfortante saber que até a Base de Dados do meu ginásio se recorda que faço 30 anos!

...

A.N, 21.12.10

 

 

 

Vivem-se tempos controversos e cínicos.

Quando, numa entrevista de trabalho, nos perguntam como nos imaginamos num prazo de cinco anos, na realidade o nosso interlocutor está-se nas tintas para os nossos sonhos de viver no campo e perto da praia, para o upgrade do lcd  de 40 para 43 centímetros, dos dois filhos loirinhos que gostávamos de ver no banco detrás do carro ou a carrinha Mercedes que sonhamos ter estacionada à porta de casa.

Imperdoável para o nosso entrevistador é ousarmos dizer que não fazemos ideia do que pretendemos da vida, a curto, médio ou longo prazo. Ser feliz é um objectivo para mentecaptos e tornou-se um pecado capital ter dúvidas quanto ao dia de amanhã e acreditar que o futuro se constrói passo a passo, dia a dia.

Exigem-nos que tenhamos feito os trabalhos de casa, que tenhamos estudado o (eventualmente) existente plano de carreira das empresas e que saibamos de cor quais as funções que gostaríamos de usurpar a alguém num modesto prazo de 5 anos. E acima de tudo temos que mostrar que sabemos coser com as linhas que nos dão, ainda que o dedal nos escorregue do dedo.

 

 

 

 

Tapar o sol com a peneira

A.N, 14.12.10

 

Se há coisa reconfortante neste país, são os comentários do Presidente de alguns portugueses.

Questionado relativamente às mais recentes revelações do site Wikileaks, nomeadamente as denúncias que dizem respeito a actos praticados por representantes, institucionais ou não, do Estado Português, Cavaco encolhe os ombros e mostra perplexidade, não perante o teor das referidas revelações , mas perante as falhas de segurança no sistema de transmissão de dados norte-americano.

 

E pensar que por esta altura a tecnologia já nos devia proteger de tudo, em especial, dos bufos.

 

Liu Xiaobo

A.N, 12.12.10

 

"(...) Acredito firmemente que o progresso político da China não vai parar nunca e estou cheio de expectativas optimistas de que a liberdade chegará à China no futuro, porque nenhuma força pode bloquear o desejo humano de liberdade. A China irá acabar por se tornar um Estado de direito respeitador dos direitos humanos. (...) Perguntem-me qual foi a minha mais afortunada experiência nas últimas décadas e eu direi que foi ganhar o amor altruísta da minha mulher, Lui Xia (...). O teu amor é a luz do sol que atravessa as paredes e as barras da prisão, acariciando cada pedaço da minha pele, aquecendo cada célula minha, permitindo-me manter a minha calma interior , magnânima e luminosa, para que cada minuto na prisão seja cheio de significado (...) Mesmo que seja reduzido a pó, irei abraçar-te com as minhas cinzas.(...)

 

Não me sinto culpado por seguir o meu direito constitucional à liberdade de expressão, por cumprir a minha responsabilidade social enquanto cidadão chinês. Mesmo se acusado disso, não me queixaria."

Capitão Capitão

A.N, 12.12.10

Não sou artista, apesar de muitas vezes pensar que gostaría de o ser. Não possuo uma imaginação fora do comum ou a hipersensibilidade necessária à criação. E, talvez por não possuir essas caracteristicas, as invejo em terceiros.

Nenhuma peça de teatro me deixa indiferente, saio de todos os concertos a sonhar ser cantora e quando entro numa galeria de arte considero lamentável a minha inaptidão para o desenho e afins.

 

Ser artista, parece-me, ser um acto essencialmente de coragem e também por esse motivo me parece que careço das caracteristicas essenciais para o desempenho daquelas funções.

 

Só os corajosos ousam perseguir uma vida de incerteza, mas desse ponto de vista, também os arquitectos, os advogados e todos os demais trabalhadores independentes que acenam com recibos verdes arriscam percorrer esse trilho. Ainda assim, porém, estas profissões não despertam admiração ou pelo menos não nos deixam sonhar.

 

Os artistas são abismalmente corajosos porque se expõem, porque o seu trabalho se manifesta numa total e crua exposição das suas vulnerabilidades aos mundos de todos os outros, leigos ou não tanto, que indiferentes ao seu criador avaliam o trabalho final.

Independentemente das áreas, todos os criadores nos admitem as suas fraquezas, as suas alegrias e desgostos, os seus pensamentos eufemísticos ou nem tanto e para isso, para ser crú, para sair de si e mostrar o lado mais puro da alma, é essencial não ser temeroso.

 

Ser artista não para os que devem ser. Está reservado para os que são.

 

E ontem, o J. relembrou-nos que sempre o foi.

 

 

 

 

...

A.N, 11.12.10

 

Bolachas de aveia e framboesa/ Bolachas de amêndoa

 

 

Bolachas de avelã e chocolate

 

 

 

Bolachas de aveia com framboesa

 

 

Porque à falta de Pai Natal, brinquedos da Mattel e longas esperas até à meia-noite, o Natal dos adultos corre - felizmente -  sérios riscos de se converter numa vertiginosa viagem gastronómica.

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