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O mundo da Ch@p@

SBSR - Arcade Fire

A.N, 24.07.11

 

Não foi um concerto... foi um espectáculo.

Não se cantaram músicas...entoaram-se hinos.

Não foram a única banda do festival...mas o festival valeria a pena se eles fossem os únicos a subir ao palco.

SBSR em modo de rescaldo

A.N, 24.07.11

Uma amiga perguntou-me que razão leva alguém ao Super Bock Super Rock no Meco.

 

Em consciência (ou melhor, na minha consciência trintenária) não consigo justificar, nem agrupar fundamentos racionais suficientes, para explicar que horas infindáveis de trânsito, a inalação constante e inevitável de pó ( seguida de uma permanente irritação de garganta), o cansaço das pernas e a dormência dos músculos, de pouco ou nada valem perante o prazer que um verdadeiro amante da música pode retirar de um concerto e em especial de um cartaz de músicos brilhante, dos poucos que Portugal teve o privilégio de receber.

 

Como as melhores coisas na vida não se explicam e apenas se sentem, remeti-me ao silêncio.

Afinal, no fim de contas, quem sente necessidade de colocar esta questão, jamais poderá compreender a sua eventual resposta.

...

A.N, 02.07.11

Vamos lá então: na realidade, num país onde os salários são dignos e proporcionalmente adaptados às tarefas, qualificações e responsabilidades de cada um, um corte especial no subsídio de Natal não faz grande diferença. Aliás, num país dessas práticas, o pagamento em dobro da remuneração mensal, por altura das festividades natalícias, é algo incompreensível.

Os salários são negociados e calculados anualmente e não numa base mensal, as leis de trabalho, beneficiando exclusivamente quem as conhece, não reduzem proporcionalmente as regalias remuneratórias e os impostos especiais não se encarregariam de fazer o resto, numa tentativa fácil e temporalmente eficaz de equilibrar as contas públicas de um Estado que nunca aprendeu a gerir-se.

 

Porém, num país mergulhado no caos económico, na inércia dos trabalhadores e na escassez de postos de trabalho e produção auto-suficiente, um imposto extraordinário admite-se, mas não se tolera por muito tempo. Em especial, quando as bases da contratação laboral se vêem alteradas substancialmente, afectando, consequentemente, as economias familiares, sejam estas planificadas ou não.

 

Pessoalmente, a ideia de contribuição colectiva não me choca. Excepto quando a colectividade é composta pelos membros de sempre, as principais riquezas continuam a beneficiar de um tratamento fiscal excepcional e não se discutem quaisquer medidas concretas de incentivo ao investimento estrangeiro e ao crescimento económico baseado na especialização da produção nacional.

 

E com isto digo que no ano em que finalmente a justiça laboral me iria fazer justiça e o bendito (mas absurdo) subsidio, agora especialmente taxado, será substancialmente diminuído e não pago na íntegra, como merecido e prometido, sinto que comprei bilhete para o comboio das cinco, mas só consegui chegar à estação às seis e meia.

 

Mas vamos ter fé. A julgar pela palavra dos que decidem, tudo isto é excepcional.