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O mundo da Ch@p@

PPL - Crowdfunding Portugal

A.N, 18.08.11

A regra desta casa foi sempre elogiar, divulgar e publicitar eventos, iniciativas, filmes, peças de teatro, livros e qualquer outra forma de expressão artística que na perspectiva da responsável destes conteúdos se destacam pela qualidade, pela inovação ou, simplesmente, porque lhe caíram em graça.

Como já antes mencionado, por vezes rasgos de um sentido de humor sarcástico e imbecil podem ter dado azo a textos que quebraram esta regra, mas em geral o ambiente que se quer fazer sentir nesta "casa" é de optimismo e de esperança.

 

Neste tom, é com imenso orgulho que por um lado apresento e, por outro, recordo àqueles já massacrados com as sucessivas mensagens de facebook, twitter e linked in, o mais recente projecto que torna risonho o futuro deste país que insiste em vestir-se de negro, como o seu fado.

 

O PPL (people/pessoas) nasce por iniciativa de uma equipa que se assume, sem pudores e nas palavras dos seus fundadores, como sendo "apaixonada pelos temas de colaboração colectiva e pelo potencial de inovação que existe em cada indivíduo, em cada utilizador".

Numa lógica simples de que a união faz a força e fiel ao ditado que nos ensina que grão a grão enche a galinha o papo, o PPL (www.ppl.com.pt) funciona como uma "vaquinha online", através da qual projectos, ideias e iniciativas, ricos em imaginação mas por vezes escassos em recursos financeiros, pedem pequenos apoios a um universo de pessoas, em troca de recompensas que variam entre um agradecimento, um cd, um livro ou simplesmente um jantar com o financiado.

 

A plataforma do PPL arrancou ontem e na sua inauguração apresenta 7 projectos reveladores, destinados a gostos e públicos diferentes que não só se pretendem financiar como inspirar a comunidade portuguesa, dentro e fora de fronteiras, à criação de novas riquezas, de novos projectos e iniciativas que pela incerteza da crise e dificuldade de financiamento bancário correm o risco de ficar eternamente esquecidos na gaveta dos projectos que nunca  ousaram tornar-se reais.

 

Como bem nos recordam os fundadores do PPL e atendendo a que "ideias geram ideias", é com orgulho e  com a certeza que esta aventura é digna de ser conhecida que vos apresento e recomendo uma visita ao site que pretende ajudar Portugal a avançar (www.ppl.com.pt).

Conheçam, divulguem, partilhem e, acima de tudo, apoiem e proponham ideias.

 

 

...

A.N, 08.08.11

 

No papel somos verdadeiros poetas.

Na internet, todavia, transformamo-nos em potenciais psicopatas que utilizam o horário útil (também conhecido por laboral) ou minutos preciosos que poderiam afectar à busca intensiva de uma ocupação profissional, a insultar políticos, a nação, os empreendedores, os arguidos presumidos inocentes que já julgámos por antecipação, os empreendores e os que acreditam.

Perante uma inovação olhamos com descrença e perante uma vitória, abraçamos a inveja.

O português virtual, auto-intitulado comentador, é assim: descrente, negativo, desdenhoso, mal intencionado e essencialmente cobarde, quando se esconde por detrás de um monitor de catorze polegadas e desperdiça energias a gerar negativismo em vez de riqueza.

O contacto com este sociopata virtual deve ser evitado a todo o custo e o conteúdo ofensivo das suas intervenções denuncia ostensivamente.

Mas nem tudo é negativo: enquanto a sua acção se limitar ao espaço cibernáutico e o medo nos impeça de revelarmos o potencial que carregamos, este país não vai assim tão mal.

Um bom treino

A.N, 02.08.11

 

Cada vez acredito mais que o ditado que defende que um corpo são garante uma mente sã, não passa de uma perfeita e inevitável dicotomia. Em especial, claro está, se a cabeça não tem juízo.

 

Se dúvidas restam acerca desta conclusão lapaliciana, basta observar com atenção os comportamentos padrão dos defensores acérrimos da prática desportiva em ginásios.

 

Temos os matutinos, que começam o dia movidos a cafeína e despacham conference calls nos seus blackberries à prova de água, enquanto alcançam os mínimos olímpicos na passadeira com vista para o parque de estacionamento, obstinados em não deixar o efeito relaxante do desporto prevalecer face ao mau feitio congénito daqueles que mandam e querem mandar.

 

Durante a hora de almoço, os ginásios são povoados pelas mães e tias que desafiando a lei da gravidade se mantém sãs enrijecendo as carnes ao som do caribe, enquanto simulam danças sensuais em frente a um espelho que já não recorda bailarinas.

 

Ao final do dia, as forças do universo reunem-se e potenciais e putativos vencedores de pentatlo discutem as suas mais recentes façanhas - musculares/temporais - enquanto aguardam por aulas de spinning e body combat, dadas por professores que conhecem e tratam por tu e a quem, ocasionalmente, elogiam o "treino", cuja qualidade é medida de acordo com as gotas de suor deixadas no chão.

 

Face ao cenário exposto, ir ao ginásio pode ser saudável se encarado de uma perspectiva isenta de romance: é uma doce tortura inevitável à manutenção de um corpo minimamente saudável e tonificado para aqueles a quem a genética decidiu não abençoar.

Se essa tonificação é extensível à mente, depende do treino que fora dos ginásios damos ao cérebro.