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O mundo da Ch@p@

Boxing Day

A.N, 27.12.12

 

 

 

A maratona do Natal deveria terminar como todas as outras: um pódio e três medalhas.

 

A medalha de ouro para o familiar presente que não perde a paciência nunca e que anseia pelo Natal seguinte; a de prata para aquele que não cedendo ao cansaço, foca-se, exclusivamente, no importante (a.k.a comida), brinda com genuína alegria e enfarda como se não houvesse amanhã e a medalha de bronze caberia aquele que pese embora a exaustão da intensa socialização, no final das mil ceias,  ainda consegue sugerir jogos para prolongar o evento natalício.

 

Este ano não mereci nenhuma destas medalhas, mas dadas as circunstâncias, a atribuição de uma menção honrosa de participação seria um gesto simpático.

Bugarach

A.N, 20.12.12

 

Acabo de ouvir no telejornal que reza a lenda que apenas um local escapará ao apocaplipse previsto para amanhã. Esse lugar encontra-se em França, chama-se Bugarach e fica nas montanhas, perto de Carcassone. Diz-se ainda que uma nave espacial aterrará nessa localidade e poupará uns quantos justos de um final tenebroso, levando-os para um planeta longe da Terra.

 

Aparentemente, o local já está apinhado de curiosos, temerosos, crentes, polícias e jornalistas,  sendo que o presidente da câmara daquela localidade desaconselha que mais pessoas aí se desloquem, uma vez que a cidade não tem capacidade para receber mais pessoas.

 

Não é que não ache a história curiosa, mas confesso que me custa a acreditar que de tantos povos e lugares tão simpáticos neste planeta condenado, não consigo compreender porque se escolheria poupar apenas os habitantes de uma aldeia francesa com nome de monstro marinho irlandês.

 

 

 

Não há direito

A.N, 20.12.12

 

Logo agora que aprendi finalmente a utilizar o Instagram, a colocar o baby no sling e a executar três tarefas em simultâneo com apenas um braço livre, não se admite que o mundo termine amanhã. É que não há direito. Mesmo.

Baby steps for mummy

A.N, 11.12.12

 

1. Aguentar até ao final de um episódio de Anatomia de Grey sem adormecer pelo meio;

2. Conseguir estar apresentável antes da uma da tarde;

3. Conseguir sair à rua com o baby e o seu carrinho "xpto todo-o-terreno" e esquecer-me de menos de 3 itens essenciais (não me esquecer de nada parece-me uma verdadeira missão impossível!);

4. Conseguir tomar o pequeno-almoço sem interrupções e com direito a visitas a três blogues e ao site do Público.

 

Felizmente para o baby que a sua aprendizagem, neste altura do campeonato, se faz muito mais eficazmente do que a aprendizagem da sua mãe.

30 de Novembro de 2012

A.N, 08.12.12

Cá em casa a tempestade não nos atingiu. Não registámos inundações, ventos fortes ou quaisquer sismos ou tsunamis.

Cá em casa não se fala de crise, desconhece-se o significado de medidas de austeridade, se bem que ainda assim, não podemos deixar de concordar com Marques Mendes quando este acusa o Gasparzinho de nos tratar a todos como atrasados mentais.

Cá em casa não sentimos frio, não sentimos dificuldades, não desistimos porque nada nos parece insuperável.

Somos invencíveis, poderosos e estamos prontos para enfrentar o mundo.

 

Cá em casa vive agora um bebé.