Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O mundo da Ch@p@

...

A.N, 27.02.13

 

A regra desta casa, desde o dia da sua inauguração, foi sempre de dar importância e enaltecer aquilo que considero bom ou que por algum motivo me marcou pela positiva. Alguns foram os filmes, peças de teatro, livros, pessoas, eventos ou viagens sobre os quais nunca me pronunciei por, a meu ver, não me ocorrerem quaisquer comentários positivos acerca dos mesmos. Ou, às vezes, pareceu-me mais sensato não discorrer sobre os mesmos porque, simplesmente, não gostei deles.

 

Não quero, com esta regra, revindicar ou arrogar-me qualquer virtude que não possuo ou fingir-me justiceira. Alguma vez poderia ser justo um blogue pejado de opiniões e facciosismos da sua autora?

 

A excepção a esta regra da casa passa pelas críticas ao Estado e seus agentes - políticos e governantes. São alvos demasiado fáceis, demasiado públicos, demasiado próximos para passarem incólumes e ficarem isentos de críticas. Além de que como cidadã considero que tenho o dever e não apenas o direito de críticar.

 

Outra excepção a esta regra passou também, este verão, pela publicação de uma crítica negativa ao livro "Cinquenta Sombras de Grey", atendendo ao paradoxo que considero existor entre o estilo e conteúdo literário e o sucesso mundial daquele livro.

 

Elogiar o que vale a pena e ignorar o que não merece atenção, parece-me ser uma excelente manobra de auto-preservação para aqueles que escrevem livremente e sem qualquer vínculo profissional na blogosfera.

 

Por um lado, ninguém visado por um comentário elogioso poderá, em circunstância alguma, ficar melindrado. Contrariamente, o resultado de um comentário viperino é imprevisível, em especial se publicado num espaço ou publicação amplamente visitado.

Por outro lado, sendo livres na crítica, ninguém ficará subjugado a critérios de objectividade.

 

Acresce que sendo a blogosfera um espaço que cada vez mais gera tendências, forma opiniões e agrega pessoas, o impacto de uma opinião não deve ser ignorado, motivo pelo qual também considero que o teor dos comentários dos bloggers deve ser comedido. Não o sendo, não apenas o seu autor se torna um alvo fácil, simultaneamente, de ataque e compaixão, como os visados permanecem numa ribalta que não desejaram e à qual permanecem amarrados involuntariamente.

 

Criticar com classe nunca foi uma arte fácil. Afinal, convenhamos, para dominar essa arte é necessária inteligência e nem todos fomos abençoados da mesma forma nesse campo.

Assim, é mais fácil, ser-se sangrento, primário e cruel. Mas depois não se queixem se o troco é dado na mesma moeda.

 

É verdade que de sangue se alimentaram os povos durante séculos, como também se alimentaram da ignorância.

Nos dias que correm, porém, convém manter presente que a ignorância ou o desconhecimento da lei não aproveita a ninguém. E, vá lá, convenhamos, custa assim tanto lembrar o que as nós avós há muito nos ensinaram: se não há  nada simpático para dizer, não é preferível ficar calado?

 

Ou  será que o silêncio não vende?

...

A.N, 20.02.13

 

O baby esta noite dormiu, pela primeira vez, em casa dos avós (uma afirmação destas, perante uma plateia real e atendendo à tenra idade do baby suscitaria surpresa, inúmeros comentários e um ou outro revirar de olhos).

 

Dormiu longe dos pais, numa tentativa amorosa dos avós de nos dar uma noite descansada e ininterrupta, dado que durante o fim-de-semana, naqueles que poderiam ter sido uns dias idílicos nas planícies alentejandas, o baby decidiu encarnar o espírito do Exorcista e revelar, aos pais e restantes convidados, os seus dons de tenor, durante duas noites seguidas e em alguns períodos da tarde.

 

Acabo de desligar o telefone.

Segundo a avó, o baby fez dois turnos de sono, com a duração de 5 horas cada. Um inédito.

Cá em casa, a pressão de aproveitar a noite para dormir foi tão grande que o sono foi leve e muitos foram os despertares. As saudades apertaram e o descanso foi relativo.

 

Confirma-se a suspeita: os bebés santos são os que dormem em casa dos outros. E tudo corre sempre melhor nessas casas.

O meu condomínio

A.N, 19.02.13

 

E todos os seus agentes e colaboradores, a quem pago trimestralmente com um sorriso amarelo de quem come e cala, têm o dom de me fazer sentir muito abençoada e especial por me autorizarem a residir no meu prédio.

Tu queres ver

A.N, 12.02.13

 

Segundo o jornal público, um raio atingiu a cúpula de São Pedro depois de Bento XVI renunciar.

 

 

Nunca imaginei que Ele pudesse ser um daqueles patrões que não lida bem com a saída dos empregados.

Floresta Negra

A.N, 06.02.13

 

Agora a sério, alguém que tenha tido que lidar com a Segurança Social para resolver qualquer questão, por mais insignificante que seja, e que tenha ficado cabalmente esclarecido, atire, por favor, a primeira pedra, porque o rolo aqui por casa já vai tão denso que a escuridão impera e não se vê luz no fundo do túnel.

 

Fico, com a ideia, que admito que possa estar errada, que muitos se problemas se resolvem, não porque o sistema seja transparente e claro, mas apenas porque nos vencem, enquanto beneficiários e/ou contribuintes, pelo cansaço. E eu, neste momento, dava um rinzinho para não ter que lidar com estas moléstias.

 

Palavra

Pág. 1/2