...
No papel somos verdadeiros poetas.
Na internet, todavia, transformamo-nos em potenciais psicopatas que utilizam o horário útil (também conhecido por laboral) ou minutos preciosos que poderiam afectar à busca intensiva de uma ocupação profissional, a insultar políticos, a nação, os empreendedores, os arguidos presumidos inocentes que já julgámos por antecipação, os empreendores e os que acreditam.
Perante uma inovação olhamos com descrença e perante uma vitória, abraçamos a inveja.
O português virtual, auto-intitulado comentador, é assim: descrente, negativo, desdenhoso, mal intencionado e essencialmente cobarde, quando se esconde por detrás de um monitor de catorze polegadas e desperdiça energias a gerar negativismo em vez de riqueza.
O contacto com este sociopata virtual deve ser evitado a todo o custo e o conteúdo ofensivo das suas intervenções denuncia ostensivamente.
Mas nem tudo é negativo: enquanto a sua acção se limitar ao espaço cibernáutico e o medo nos impeça de revelarmos o potencial que carregamos, este país não vai assim tão mal.