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O mundo da Ch@p@

Jornadas Europeias do Património

A.N, 27.09.04
Este fim-de-semana decorreram as jornadas europeias do Património.

O programa de Lisboa era extenso, mas mais uma vez perdi oportunidades de visitar lugares que desconheço na minha própria cidade.

Mea culpa, mea culpa...

Muitos dos sítios exigiam marcação prévia e eu, como boa tuga, adepta dos esquemas do "desenrasca", achei que não era preciso, que lá se dava o "jeitinho do costume".

Obviamente que não resultou e ainda não foi desta que visitei os jardins da Gulbenkian pela mão do arquitecto Ribeiro Telles ou as ruínas romanas de Lisboa.

Ainda assim, não desisti. Apesar do sol e o calor insistirem em tentar-me a ir para a praia, acabei por me arrastar até ao Panteão Nacional.

É incrível e vergonhoso, mas nunca tinha ido lá. Admito que a ideia me arrepiava um bocado .

E eis que me surpreendo: além de se tratar de um monumento impressionante pela sua beleza, dispõe de um terraço soalheiro, a partir do qual podemos disfrutar de uma vista magnífica sobre o Tejo e a cidade.

Durante a minha incursão cultural três coisas foram marcantes:

1) apesar de uma fraca divulgação, as jornadas tiveram afluência do público...PORTUGUÊS. Sim, porque verdade seja dita, a maior parte das vezes, aqueles que visitam o nosso património são turistas que acabam por conhecer melhor a cidade do que eu, que sempre aqui vivi. Fiquei positivamente surpreendida pelos lisboetas que hoje trocaram as praias e o trânsito infernal do regresso á capital, por uma visita ao Panteão.

2)vi um número significativo de pais que levavam pela mão as suas crianças, explicando-lhes a história de Sta Engrácia e do Panteão Nacional. Felizmente os portugueses começam a interiorizar, que o problema da cultura não é uma questão monetária ou de escassez de fundo, mas antes uma questão de consciencialização e de educação. Lá diz o povo..."de pequenino se torce o pepino".

3) Amália Rodrigues é a única mulher a figurar entre os portugueses ilustres cujos restos mortais repousam no Panteão Nacional.