Ás vezes gostava de ser mais romântica - II
A igreja estava linda, os convidados elegantes e, principalmente, os noivos estavam felizes.
Abstraindo-me da festa e concentrando-me no sacramento religioso, escutei com atenção as palavras proferidas, durante a homilia, pelo padre que conduzia a cerimónia.
Aparentemente e segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, a minha prima celebrou um contrato com o marido, através do qual se geraram as obrigações, tais como as de honrar sempre e ser fiel ao seu marido, dar-lhe apoio nos momentos difíceis, servi-lo em tudo o que este necessite, dar-lhe filhos para perpetuar o apelido da sua família e honrar os nomes sagrados das mulheres bíblicas.
Deste contrato, emergiram para o noivo uma série de inderrogáveis direitos, inerentes não só à sua qualidade de macho, como ao próprio instituto do matrimónio.
Juridicamente falando, parece-me que os interesses de ambas as partes não estão devidamente acautelados na relação estabelecida por Deus, sendo a desigualdade de posições algo flagrante e totalmente inaceitável à luz dos princípios mais elementares de Direito.
Religiosamente falando, não entendo como é que ainda existem mulheres católicas!