Ao folhear o suplemento Vidas do Expresso deste fim-de-semana, deparei-me com uma entrevista feita às Destiny´s Child.
Estas senhoras protagonizaram a banda sonora de toda uma fase da minha vida, em que procurava afirmar-me como independente, forte e decidida. Hahaha
E que belas figuras fazia, ao tentar alcançar esse ideal, tão bem plasmado nas letras das suas canções!
Bom, mas não é acerca da importância que as Destiny´s tiveram na minha vida que eu me proponho a dissertar hoje.
O que de facto me chamou a atenção, foi o seguinte parágrafo que de seguida passo a transcrever:
" Mais do que a música , são elas. Um trio que provoca o deleite dos olhares masculinos e permite às mulheres uma inveja admissível. São bonitas, curvilíneas, muito ricas e, ainda por cima, simpáticas."
Só por si, esta afirmação não levanta quaisquer suspeitas e é perfeitamente inofensiva.
Na realidade, o motivo pelo qual a frase me captou a atenção e consequentes divagações, foi a leviandade com que se afirma que o facto de algumas mulheres serem bonitas, ricas ou simpáticas, desperte inveja e outros sentimentos do tipo, nas demais mulheres.
Afirmações como esta são proferidas a todo o instante e pertencem ao senso comum porque não passam, nada mais nada menos, do que meras constatações da realidade: as mulheres são invejosas umas das outras, cobiçam o que as demais têm e toda a gente o sabe.
Convenhamos que não é frequente ler-se ou escutar-se:
"É um homem bonito e charmoso, permitindo aos homens uma inveja admissível".
E porquê? Porque os homens não são assim.
Praticam uma indiferença generalizada entre os do seu sexo, que não lhes permite:
1) Ter conversas sérias entre eles.
2) Levar a sério o pouco que falam
3) Sentir inveja dos outros, porque "
isso é coisa de gaja!"Mas as mulheres não conseguem ser assim... Gostam de pensar que o são, mas não conseguem sê-lo...
Desenganem-se os homens que acreditam que elas se vestem, maquilham ou emagrecem a pensar neles.
No final é tudo uma questão de mulheres, uma luta de gigantes entre seres do mesmo sexo que em vez de o utilizarem para se aproximarem, se encaram como inimigas,tentando vingar perante as outras.
E afinal resume-se tudo ao que as outras mulheres pensam, ao que as outras mulheres vestem, ao que as outras mulheres têm e nós não, ao que elas irão dizer e criticar.
Começo a chegar à conclusão que as mulheres, antes mesmo de serem mães, filhas, esposas ou amantes, são caçadoras.
Mais do que qualquer homem, são educadas desde a infância para a caça e para a competição.
E vocês, meus senhores, não são o adversário, mas sim a caça, a presa.
Ainda que elas não o admitam e se coloquem na cómoda posição da vítima quando o desfecho da história não é o melhor.
Estou numa idade onde a palavra casamento é cada vez mais utilizada na linguagem comum das minhas amigas.
O que me deixa perplexa não é o facto de planearem casar, mas sim o facto de algumas delas falarem desse passo como uma verdadeira coroação, como o golpe fatal para apanhar o homem, não vá o gajo mudar de ideias e fugir!
Pensava que isto só sucedia em novelas...
Quão enganada estava eu ao pensar que as mulheres eram, de certa forma, o sexo mais fraco, propensas a sentimentalismos e desgostos...
Que prazer me dá pensar que sou diferente e afinal de contas, ao ver uma rapariga a vestir um tamanho 32, não consigo deixar de pensar que me daria um prazer imenso vê-la gorda...