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O mundo da Ch@p@

Jack no Coliseu

A.N, 23.05.05



"Jack Johnson actua hoje à noite no Coliseu de Lisboa. Pitas, vintonas, trintonas, gajos à espera de engate e toda a população do concelho de Cascais farão parte do público. Devemos parar para pensar. Parar para reflectir. Que país é este?"
Assim se escreveu no Inimigo Musical anteontem e , em tom parecido, o Diário Digital:" (...) A simplicidade anunciada em epígrafe parece ter sido transportada para a pergunta ingénua de uma menina, que aborda o próximo com a pergunta: «sabe-me dizer se por aqui dá para o Coliseu?». A marcha até à sala alfacinha iria revelar outras largas centenas de peles bronzeadas, com ar de habitue de praia e indumentárias multicores. Explicação solta para o fenómeno: país à beira-mar plantado entende melhor quando se fala de luz e estranha dialectos cinzentos. Praia, palavra-chave na noite de concerto de Jack Johnson."

Este foi ,de facto, o ambiente vivido ontem no Coliseu de Lisboa: gente bonita , praia, surf, sol e na maioria dos casos, muito solário!
Mas aos primeiros acordes de Donovan Frankenreiter, o cenário plastificado de teenagers blasés detentores de bronzeados invejáveis, passou irremediavelmente para segundo plano.
Durante duas horas e meia ,Donovan e principalmente Jack Johnson deram mais uma vez prova do seu inquestionável talento, recriando um ambiente descontraído, com melodias suaves e letras fáceis que encantaram os presentes no coliseu.

Há três anos atrás ( ou terá sido há quatro anos atrás?) , ouvi pela primeira vez a Flake, numa altura em que J. Johnson era ainda um nome desconhecido para muitos dos que me rodeavam.
Ontem fui ultrapassada por pessoas 4 anos mais novas do que eu, que conheciam as letras das canções ao detalhe, pronunciando meticulosa e afincadamente cada palavra.
O encanto e a emoção provavelmente não correspondem ao que sentem com quinze anos, mas o momento foi inesquecível.
Pelas músicas, pelos sorrisos de contentação de Jack quando a audiência cantava em uníssono as suas canções e pelas recordações avivadas pelas melodias.

Satisfeita pelo facto de não Jack não me ter decepcionado, uma verdade não posso negar: o tempo passou e os 18 anos já lá vão...bem como os 19, os 20, 21 e 22 .
Mas o gosto pela música permanece e não idade que o diminua.
Tratando-se de Jack Johnson, é bom constatar que o bom gosto permanece e que sem pretensiosismos ou grandes artifícios ,ainda se faz boa música.

Posted by Hello

...

A.N, 21.05.05



"Quando se abriu um buraco nas nuvens, me pareceu que sobrevoávamos Budapeste, cortada por um rio.
O Danúbio, pensei, era o Danúbio mas não era azul, era amarelo, a cidade toda era amarela, os telhados, o asfalto, os parques, engraçado isso, uma cidade amarela, eu pensava que Budapeste fosse cinzenta, mas Budapeste era amarela."

Chico Buarque in Budapeste, 4ª Ed., Publicações Dom Quixote. Posted by Hello

O segredo...

A.N, 19.05.05



Vou-vos revelar um segredo, mas peço-vos encarecidamente que não o contem a ninguém. Pode ser?
A partir da Zambujeira do Mar, segue-se a estrada que nos leva a S. Teotónio.
Depois de alguns quilómetros surge, do lado direito da estrada, uma seta que nos indica o caminho para a Azenha do Mar.
Um descampado (florido nesta época do ano), rasgado por um caminho alcatroado e decorado por rebanhos perdidos, faz-nos chegar a um cruzamento indecifrável e toscamente planeado.
Sem hesitar, viramos à esquerda e poucos metros mais à frente e uma casa misteriosamente colorida, guardam a passagem , quase secreta, para uma pequena pérola da Costa Alentejana.
Os carros ficam estacionados junto aos muros coloridos da casa e a partir desse momento, estão por vossa conta.
Um caminho verdejante com uma vegetação quase impenetrável, dificulta o acesso à praia. Mas vale a pena...vale realmente a pena.
Mas sshhhh...não contem a ninguém!
A partir de agora, a Praia da Amália é o nosso segredo!
Posted by Hello