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O mundo da Ch@p@

Ás vezes gostava de ser mais romântica - II

A.N, 29.05.06
Há uns tempos atrás assisti ao sagrado sacramento do matrimónio de uma prima minha.
A igreja estava linda, os convidados elegantes e, principalmente, os noivos estavam felizes.
Abstraindo-me da festa e concentrando-me no sacramento religioso, escutei com atenção as palavras proferidas, durante a homilia, pelo padre que conduzia a cerimónia.
Aparentemente e segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, a minha prima celebrou um contrato com o marido, através do qual se geraram as obrigações, tais como as de honrar sempre e ser fiel ao seu marido, dar-lhe apoio nos momentos difíceis, servi-lo em tudo o que este necessite, dar-lhe filhos para perpetuar o apelido da sua família e honrar os nomes sagrados das mulheres bíblicas.
Deste contrato, emergiram para o noivo uma série de inderrogáveis direitos, inerentes não só à sua qualidade de macho, como ao próprio instituto do matrimónio.
Juridicamente falando, parece-me que os interesses de ambas as partes não estão devidamente acautelados na relação estabelecida por Deus, sendo a desigualdade de posições algo flagrante e totalmente inaceitável à luz dos princípios mais elementares de Direito.
Religiosamente falando, não entendo como é que ainda existem mulheres católicas!

João Pestana

A.N, 29.05.06
Num quadradinho de menor relevância da revista “Única”, noticiava-se a sonolência de Miguel Beleza na assistência da peça “Inês de Castro”, posta em cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
Aparentemente, o ronco de M.B era de tal forma audível que os próprios actores se sentiram incomodados, descurando a sua actuação.
Não questionando o valor (ou desvalor) jornalístico desta noticia, perante tal caricata situação, não posso deixar de concluir que das duas uma:
1) Ou a Alberta M. Fernandes deixa o pobre Miguel exausto
2) Ou o teatro português anda pelas ruas da amargura.

...

A.N, 29.05.06



Poder-se-ia dizer-se que são pessoas normais, caso este conceito realmente existisse; caso fosse susceptível de definição.
Comummente se apresentavam como católicos ou, no mínimo, defensores acérrimos dos princípios do catolicismo, pois estes, pese embora pudessem surtir um efeito nulo na formação da personalidade, mal não faziam a ninguém.
Apresentavam-se nos momentos de dor; nos de alegria também, mas apenas quando a preguiça não falava mais alto.
Denotavam a preocupação que a boa educação exige, sem nunca se preocuparem demasiado; não tinham tempo nem se podiam dar a esse luxo das almas com muito espaço para preencher.
O seu coração só interferia até a razão dizer basta.
Nós, os outros, os que ainda estamos verdes e ainda temos muito que aprender; os que esperamos demasiado; a nós não nos são dadas saídas airosas.Resta-nos , pois, aguardar, de forma paciente e resignada pelo dia em que já não o façamos; pelo dia em que as coisas são o que são e mais não é exigido.

Maio em Portugal

A.N, 23.05.06




A julgar pelas notícias da última semana, nós, os portugueses, mudámos a concepção de Estado que obstinadamente alimentámos durante anos: este ente estranho deixa de ser um terceiro, omnipresente e castigador, usurpador dos nossos impostos e dono de uma inata incompetência, para passar a ser um orgulho, uma bandeira que todos, histericamente, penduramos nas janelas quando ainda faltam semanas para o Mundial; que passa a ser tema de conversas apaixonadas acompanhadas a caracóis e imperial e se personifica na imagem de Luís Filipe Scolari que nem português é.
Mas isso é irrelevante: o importante agora é chorar com o Cristiano Ronaldo, subestimar o grupo em que nos encontramos no Mundial e preparar a voz para as comemorações no Marquês de Pombal.
Por outro lado, a julgar pela campanha publicitária maciça do Campo Pequeno ( de novo em grande!), somos amantes da tourada (ou da “afición” como tão bem o pronunciou Ana Paula Taborda na festa de inauguração) e todos os anos que ignorámos aquela construção colorida e despropositada a meio da Av. República, deve-se não ao facto de não gostarmos das corridas - julgar pelos discursos, é normal e perfeitamente aceitável gostarmos de actos de barbárie como meio de entretenimento- mas sim ao incómodo de não podermos usufruir de um espaço comercial para acalmar os ânimos da afición com o deslizar do cartão de crédito.
Ou seja, venham “toiros” e futebol, venha a festa do Mundial e mais noites de Globos de Ouro .
Com o fado anda o povão triste e tristezas não pagam dívidas, muito menos a externa.Que venha a bola!

Best Of

A.N, 18.05.06
Se me pedissem para compilar as canções que mais gosto e que aqui disponibilizei, provavelmente não conseguiria seleccionar nenhuma e muito menos exlcuir algumas, pois se as escolho para acompanhar a leitura dos gatafunhos que escrevo, faço-o propositadamente e não de forma inocente.
Umas vezes, porque acordei de manhã com uma melodia na cabeça que não me dá tréguas.
Outras vezes, escolho aquelas que sei que vão disfarçar o atabalhoado de ideias e de erros gramaticais que produzo nas primeiras horas do meu dia.
Não querendo (podendo) correr o risco de me converter numa presa fácil para os investigadores da contrafacção, limito-me a deixar a lista daquelas canções que escolheria, em primeiro lugar, para gravar no Best Of.
E porquê falar nisto agora?
Porque, com surpresa e algum assombro, constatei que dentro de uma semana , este “blogspot” cumpre dois anos de existência e em tempos de comemoração, reúnem-se as tralhas do fundo dos baús, os papéis amarelos e os bilhetes de metro rasgados para, sumariamente, sorrir com os pequenos nadas das recordações dos dias que passaram.
Depois de uma passagem de cursor pelas “minhas músicas”, o resultado foi mais ou menos o que segue:

Stitched Up – Herbie Hancock ft. John Mayer
Lullaby – The Cure
Talullah - Jamiroquai

Me and Bobby Mcgee – Janis Joplin
Let´s stay together – Marvin Gaye
Mornington Crescent – Belle and Sebastian
Bella – Jovanotti
The Lady is a tramp – Frank Sinatra
Let´s get it on – Marvin Gaye
The Heart remains a child – Everything but the girl
Inside and Out – Feist
Love is no big truth – Kings of Convenience
Happy – Mishka
I´m in love with you – Erykah BaduJust the two of us – Al Green


Não é um presente com direito a download, mas já é um começo.
Satisfeitas meninas?

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