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O mundo da Ch@p@

Corre o boato

A.N, 26.03.07


Corre um boato que, por sê-lo, não me merece credibilidade.
Enquanto se discutia "enforceability" e "parol evidence rule", uma nação peçonhenta elegia como o maior português de sempre aquele senhor de Santa Comba Dão....

É, certamente, um boato.

Não se deve acreditar em boatos.

Pelo sim, pelo não, talvez deva levar uma mala maior no sábado.

E, já agora, um bilhete só de ida...

Exames

A.N, 26.03.07

Sentadinha, como criança, a quem puseram de castigo.

Como criança, outra vez, na escolinha.

A ser testada, à espera da entrega dos enunciados, curiosa por ver o “Notenspiegel”.*

No horizonte, as férias prometidas, o respirar fundo depois dos mais longos meses, o desconhecido por que tanto se anseia conhecer.

A rotina dos dias, as noites mal passadas e o sentido de responsabilidade que,como sempre, na prática fica aquém da teoria.

Será, por ventura, esta a única altura em que não gosto de me sentir criança...


*Estatística dos resultados dos exames que antecedia a devolução dos mesmos aos alunos. (Escola Alemã de Lisboa)
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Takes one to know one

A.N, 23.03.07
Sá Pinto sai em defesa dos belgas, justificando suas as atitudes menos "polidas".
«Existe ética e respeito, entre os profissionais de futebol. Quando se diz que ‘nos primeiros dois minutos temos de rebentar com ele’ [Cristiano Ronaldo], é mais no sentido de que está ali o jogador mais importante, que pode desequilibrar e decidir o jogo, portanto, ‘temos de pará-lo de qualquer forma’. Mas isto não foi dito de forma agressiva, foi mais no sentido de alertar os companheiros para a força de Portugal, através de Cristiano Ronaldo.»

Hmmmm....

Dia do Pai (Home Made version)

A.N, 21.03.07
Jantar. Dia do Pai. Família reunida. Ementa cuidadosamente estudada. Filho na cozinha. Restantes membros já sentados.

Pai: “P. traz gelo para a mesa, por favor.”
Silêncio.
Pai: “Estás a ouvir, P.? Traz gelo”.
Silêncio.
Pai: “P.?”
P. entra na sala, calmo, transportando dois copos com gelo.
Pai: “Trouxeste o gelo?”
Filho: “Não estás ver? Sempre a mandar vir , tu!”
Pai:“Podias não ter ouvido, pá.”
Filho: “Vai mas é chatear o Camões!”.
Pai: “Vai tu que o gajo é zarolho”.
Mãe: “Quem quer lombo?”

A cabala e o rei

A.N, 20.03.07

A manipulação das massas foi sempre um fenómeno que me cativou devido ao seu carácter irracional e inexplicável .

A posteriori, oferecem-se possíveis explicações ( plausíveis ou nem tanto), justificam-se comportamentos e encadeiam-se os acontecimentos, cronologicamente, por forma a criar nexos de causalidade, especificamente fabricados para o efeito.

Sem necessidade de recorrer a tantos artifícios, encabeça a lista dos fenómenos massificados o desporto rei: o futebol.

Como explicar o seu sucesso ? Como explicar o entusiasmo e a dedicação dos seus amantes?

Como justificar desesperos, descontrolos emocionais e celebrações eufóricas se, todos sabemos que no dia que sucede a vitória/derrota, tudo estará, essencialmente, na mesma? ( Ressalva-se, obviamente, o dia que sucede à consagração do Benfica como vencedor do campeonato, em que o panorama fiscal altera-se com uma subida, necessária (segundo o Governo) e conscientemente ignorada ( pelo povo) que está demasiado ocupado no rescaldo das celebrações.)

Por alturas das competições mundiais toleram-se atrasos, leituras de jornais desportivos durante o horário de trabalho, criam-se salas de convívio para assistir aos encontros.

O futebol joga, pois, com os sentimentos dos seus fãs, com as emoções dos que por ele se contagiam e transmitem aos restantes. O tudo ou nada dos noventa minutos, os olhares vidrados em frente à televisão, o rádio colado ao ouvido e as unhas roídas, o Record a acompanhar a bica e que dá o mote para as conversas matutinas.

Este é o cenário que temos. O cenário que é visível, o cenário a que o sócio comum tem acesso.

Porém, por detrás deste existem outros tantos que, desde sempre, vêm denegrindo a imagem que o desporto rei deveria manter.

No entanto, a questão é, será que algum dia este foi isento?

A emoção dos domingos à tarde é utilizada nas contratações, nos salários milionários dos empresários desportivos, nas manchetes enganosas que fazem subir as paradas.

As quotas anuais pagam jantares, Carolinas e favores e confesso que nada me espantaria que os campeonatos fossem pré-acordados, ajustados à lei da oferta e da procura.

Actualmente, a justiça civil ameaça, pela primeira vez, os intocáveis do esférico, mas , paradoxalmente, a justiça da Liga remete-se ao silêncio, como se de um terceiro independente se tratasse.

Clamam-se por julgamentos emitidos em directo e por veredictos ditados pelo povo.

Por detrás estamos nós, progressivamente descrentes e desapontados.

Manipulados, conformamo-nos e deixamos a quem de direito decidir ( ou não.)

O importante, claro está, é ser o nosso clube a ganhar.

Por mérito ou não, pouco releva. Para história ficam os que ganham e o segundo lugar é o primeiro dos últimos.</span>

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