Visitar cidades que já conhecemos permite-nos reparar nos detalhes que ao turista comum passam despercebidos, proporciona olhares mais profundos e pausados, análises comparativas do que mudou desde a última visita. Visitar mais do que uma vez o mesmo país, apesar de não permitir o mesmo grau de contemplação nas visitas, nunca pode ser considerado uma repetição desnecessária, principalmente se se trata de um país com uma diversidade paisagística, cultural e climática como o México, ponto de partida, invariável, da viagem deste ano. Partimos da Cidade do México ainda de madrugada. Pela frente, aguardavam-nos 900km até Chiapas, ao sul do país, região fronteiriça com a Guatemala, destino final da viagem. Puebla, Veracruz, Oaxaca e, por fim, Chiapas. Tuxtla Gutierrez, capital do estado de Chiapas, às cinco da tarde apresentava a amena temperatura de 39 graus. Na subida para a nossa primeira paragem, porém, observámos com surpresa a temperatura descer 20 graus. Acompanhados por uma brisa fria, chegámos, por fim, a S. Cristóbal de Las Casas.
Lembrar que uma noite mal dormida, bem como um fuso horário de 6 horas poderão transformar a primeira manhã de retorno num penoso desperdicio de tempo, complexos exercicios de abstracção e numa luta titânica de pálpebras pesadas.
A falta de cafeína assume, então, contornos de pecado capital.