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O mundo da Ch@p@

...

A.N, 31.01.08
Á semelhança do que sucedeu com o governo, avizinham-se mudanças por estes lados.
Novos formatos, velhas ideias, mas ainda assimo mesmo Mundo, relutante em mudar, mas com flexibilidade para se adaptar.

Ninguém muda para pior e nós , por aqui, gostamos de acreditar nessa verdade!

"Chegará, um dia, aquele momento em que das duas uma: ou passas a ser parte integrante da equipa ou

A.N, 28.01.08
Rios de inspiração.
Momentos, comentários, sensações, descobertas, desconfianças.
Mil momentos de profusa criação literária e outros tantos de personagens reais que se fingem fictícios.
Tantos pensamentos por partilhar que se perdem em post its desatentos que ao fim do dia ficam esquecidos na secretária vazia.
Não posso contar nada. A sociedade da informação impera e todos os cuidados são poucos.
Ai mas se eu pudesse falar...ai quantas gargalhadas daríamos!

Zangam-se as comadres

A.N, 28.01.08
Contrariamente ao que sucede com a classe médica, os advogados, doutos senhores da retórica e hábeis utilizadores de dicionários, desconhecem a palavra "corporação" e o alcance da expresão " espírito corporativista".
Nada dá mais prazer a um causídico que um ataque cheio de floreados e metáforas a um companheiro de profissão. Afinal, para um advogado que se preze, nenhum "colega" se lhe equipara, pelo que qualquer sátira está perfeitamente legitimada.

Exemplo do atrás exposto, são os comentários de José Miguel Júdice (ex-bastonário da DesOrdem) às acusações proferidas pelo actual bastonário Marinho Pinto sobre alegados actos de corrupção por dirigentes do Estado.

Porém, desta vez a "canelada" infligida por Júdice (que pelo seu carácter repetitivo já se assemelha um pouco ao romance bipolar entre Vasco P. Valente e Miguel S. Tavares), não se limitou à agressão verbal, mas abriu, ao invés, uma réstea de esperança para os milhares de advogados espalhados pelo país, pois segundo Júdice, o actual bastonário da ordem dos advogados, ao almejar pelas luzes da ribalta, vai "continuar a tentar enlamear toda a gente" e a "dar cabo" da OA.
Oxalá, caro colega! Oxalá!

Pílula mágica das seis e meia de domingo

A.N, 20.01.08
Poderia ser assim pequenina, verdinha porque azul já é a outra e esta simbolizaria a esperança do domingo interminável, fácil de ingerir e sem efeitos secundários.
Momentaneamente, a segunda-feira deixaria de ser o dia seguinte. No esquecimento repousaria, igualmente, a semana que se aproxima.
Um gole de água e cinco minutos seria novamente sexta-feira à tarde.
Sem pressas, sem angústias, o eterno momento das infinitas possibilidades.

Amigos

A.N, 19.01.08
Somos um grupo. Vemo-nos todas as semanas e discutimos ideias diferentes que convergem para um fim comum.
Partilhamos vicíos, gostos e interesses.
Estamos juntos sem explicações, sem cobranças, sem obrigação.
Apenas porque nos entendemos e apreciamos a companhia uns dos outros.
Não estamos sós, pese embora possamos optar pelo silêncio.
Temo-nos ao alcance da mão, do telefone, no cimo da rua ou a dez minutos de carro.
Somos diferentes e não nos queremos parecer. Já não procuramos a aceitação.
Somos amigos só porque sim. Porque queremos. Porque sabe bem.
Porque com a maturidade não chega apenas a responsabilidade, mas a libertadora possibilidade de escolha.

A descrença

A.N, 19.01.08
Um sol estupendo, o Tejo no horizonte, um mojito no ponto.
Quatro desconhecidos discutem, um pouco ébrios e com a leveza dos que mal se conhecem, o sentido da vida, as angústias existenciais, os paradoxos do amor.
Vinte e quatro anos, uma vida por trilhar, o ínicio do que ainda está para vir.
Pousando o copo, ela confessou-nos: "Hombre, es que no me fío en nadie. Ni en los hombres, mucho menos en las mujeres"

Não sería esta a temporada das flores e dos passarinhos? Dos ideais não corrompidos e da inocência racional?
Desde quando é que é suposto sermos cínicos antes dos quarenta?

A Dúvida

A.N, 16.01.08
Chovia copiosamente naquele Domingo que resolvemos regressar ao teatro.
As ruas de acesso ao Teatro Maria Matos estavam ainda tranquilas, o que anunciava que a próxima sessão ainda tardava.
Seria a última do dia e aquele era o último dia da reposição da "Dúvida", de John Patrick Shanley, em exibição no Maria Matos, com a encenação de Ana Luísa Guimarães.
Um boato, uma suspeita, uma inquietação.
A coragem de questionar, o desconhecido que ousámos tentar conhecer, a incerteza que pairou no ar e com qual decidimos viver, à semelhança dos dias que correm; à semelhança dos dias que com audácia viveremos.
Um excelente elenco de actores, uma história inacabada, uma dúvida que ainda hoje persiste.
A magia que só o teatro oferece e que o cinema, apesar dos efeitos especiais, não consegue igualar.


O que fazemos quando não temos a certeza? Como tomamos decisões? De que forma nos relacionamos com o poder?

Ana Luísa Guimarães

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