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O mundo da Ch@p@

Porque mais não é demais

A.N, 24.02.10

 

 

 

O blogue da Radar anuncia na sua página inicial que durante o dia de amanhã será anunciada a grande banda que garantirá a presença na edição de 2010 do Optimus Alive.

Considerando que já se encontram garantidas as presenças de Kasabian e Phoenix, Gossip e Pearl Jam, é bom ver que em Portugal, afinal, ainda existem profissionais que pautam a sua actuação de acordo com os mais elevados níveis de exigência.

Telenovelas

A.N, 23.02.10

 

 

Constatações de uma noite com um comando sem pilhas:

 

A menina da novela portuguesa da SIC chora que se farta;

A menina da novela portuguesa da SIC sofre que se farta;

O menino da novela portuguesa da SIC, tal como a menina da novela portuguesa da SIC têm demasiada disponibilidade para amar.

 

 

De facto, qualquer semelhança com a vida real é mesmo pura coincidência.

O email de Buenos Aires

A.N, 14.02.10


 
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não apenas por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amyr Klink
 

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A.N, 13.02.10

Na minha família, à semelhança do que aparentemente sucede na familia de José António Saraiva, todos nós fomos habituados não só a pensar pela nossa própria cabeça, como a desenvolver e discutir ideias e opiniões fortes , as quais, sem pudor ou filtro, insistimos em partilhar.

Ao contrário dos meus pais, tive o privilégio de crescer numa época , em que em Portugal a censura há já alguns anos não existia e as palavras dissidentes da corrente geral já não configuravam ilícitos criminais. Assim, não é de estranhar que é em minha casa se celebre, com emoção, as recordações do dia 25 de Abril de 1974 e que a perplexidade nos assombre quando confrontados com famílias e realidades para quem esse evento tem um sabor amargo e causa vergonha.

Não obstante o número de juristas que compõem o meu núcleo familiar, a análise jurídica dos factos referentes ao caso Face Oculta, relatados ultimamente pelo jornal Sol, assumiu um lugar periférico nas nossas reuniões familiares (o que não nos impediu de suspirar perante a falta de preparação e conhecimentos jurídicos de Judite de Sousa na sua entrevista a Noronha Nascimento!).

Em minha casa optámos por limitar-nos a celebrar a existência de vozes que não se calam; de um jornal que não só defende, como pratica a liberdade de expressão prevista na nossa lei fundamental e que, ao contrário do que sucede com as nossas instâncias governativas, abraça a política do exemplo, mostrando-nos que o silêncio, o medo e a indiferença não são virtudes, mas defeitos com os quais uma sociedade esclarecida e optimista não pode compactuar.

Hoje é Sábado e a nossa tradição familiar impõe que se brinde. O meu copo ergo-o ao Sol e respectiva Direcção que independemente das críticas de que é alvo, me faz acreditar que um dia seremos um país verdadeiramente democrático,

 

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A.N, 01.02.10

 

Ver o telejornal em Portugal, independentemente das nuances apresentadas pelos humildes canais de televisão de que dispomos, é um exercício vão e quase destituído de valor informativo, mas que constitui, simultaneamente, um exercicio de forte inspiração para perplexidades bloguísticas.

Que o diga eu que ao fim de cinco minutos de notícias da nossa actualidade política, consigo angariar mais de três temas sobre os quais gostaria de me debruçar e aprofundar.

No entanto, atendendo a que a notícia veiculada apenas me transmite uma opinião, algo demagógica, de um representante do governo e atendendo a que nestes casos, nos últimos tempos, poucos são os contrapontos apresentados e nenhuma é a investigação feita pelos repórteres no sentido de esclarecer o público a que se dirigem, confesso que a tarefa se torna árdua.

Por outro lado, a desresponsabilização dos media e a produção em massa sobreposta à política de informação, não ajuda à formação de uma massa crítica, o que me recorda estratégias amplamente abraçadas por ditadores e líderes de regimes totalitários.

Se a sede não é muita, a necessidade de água não é certamente valorizada.

Mas, à semelhança do que sucede com aquilo que se desconhece e que se torna indispensável no momento em que se vislumbra, não deveriam o esclarecimento e o rigor pautar a actuação daqueles que nos permitem ver mais além do nosso círculo de conforto?

E não deveria esta ser uma reivindicação nossa, na qualidade de cidadãos?

Independentemente das indagações e da minha curiosidade que ficou por saciar, aparentemente o Governo acaba de criar uma conta futuro para todos os recém-nascidos que em acréscimo à protecção jurídica de que são beneficiários antes de nascer, no momento em que vêem a luz, recebem uma conta no valor de 200,00€ que poderão movimentar aos dezoito anos.

Anunciou o João Tiago Silveira que a ideia por detrás da medida é criar hábitos de poupaça (o que eu consigo alcançar), mas constitui simultaneamente, nas palavras daquele anunciante, uma forte ajuda às famílias e uma garantia que todas as crianças têm acesso à escolaridade obrigatória.

 

A menos que não nos tenham facultado toda a informação e que os recém-nascidos de hoje pretendam frequentar a faculdade da terceira idade, confesso que não consigo atingir a bondade, o alcance e real significado desta notícia.

No entanto, talvez seja exactamente esse o propósito, não vá uma pessoa insinuar que há algo de demagógico em toda esta trama.