Eu, pecadora,me confesso
Há algo de deprimente nos aeroportos que nunca soube explicar, mas que sempre me incomodou.
Talvez não sejam os aeroportos em si, mas somente aquele ligeiro sentimento de culpa judaico-cristão que me atormenta cada vez que vou deixar alguém às partidas ou recolher alguém (radiante!) às chegadas.
Porque raio é que Ele tinha que incluir a “Inveja” na lista dos pecados capitais?
É-me inevitável intuir chicotes imaginários de autoflagelação por não resistir a pecar...
Principalmente quando estão 8.º C em Lisboa e a senhora ao meu lado anuncia publicamente que ainda esta noite degustará uma caipirinha no Rio de Janeiro!