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O mundo da Ch@p@

Cinema Paraíso

A.N, 06.10.04


Cinema Paradiso



Como estava a dizer no post anterior… este foi um fim-de-semana de surpresas.

Há alguns anos atrás falaram-me de um filme mítico, que eu tinha obrigatoriamente que ver .

Chamava-se “Cinema Paraíso”, era italiano e realizado por Giuseppe Tornatore. Apenas aqui chegavam os meus conhecimentos acerca do filme.

Estava eu então naquela fase de puro fascínio por filmes comerciais, regados a coca-cola e pipocas , que na altura começavam a implantar-se nas salas de cinema portuguesas.

Não tentei alugar o filme, bem como a ele não assisti nas inúmeras vezes que passou na televisão.

Eis que um dia de verão chego a casa de uma amiga, que no meio de inúmeros DVD´s da família, sacou de lá esse filme, cujo nome me soava familiar.

Começamos a ver e marcou-me acima de tudo a música e a ternura de um menino ( Toto) , que cultivava uma paixão cega pelo cinema.

Ainda não foi nessa tarde que consegui finalmente assistir ao filme todo, porque era quase hora de jantar e pertenço a uma família tradicional, para quem a hora das refeições é verdadeiramente sagrada.

Á terceira foi então de vez!

Sábado à noite, o Canal Um passou o filme.

Diga-se que o fez a horas impróprias, o que já vem sendo hábito da televisão portuguesa, depois de nos ter intoxicado com novelas e programas humorísticos que apenas despertam lágrimas…DE DESESPERO!

E agora finalmente percebo o porquê de dizerem que se trata de um filme mítico. Bem ao meu gosto, trata-se de um filme simples, de gente e história simples, que nos comove do princípio ao fim com a ternura do enredo, despertando a nostalgia dos tempos passados.

Tudo isto tendo como cenário a história do cinema, onde as estrelas brilhavam de verdade e faziam brilhar aqueles que viviam, suspiravam e sonhavam com elas e os seus filmes.

Em suma, o Cinema Paraíso além de se tratar de um filme que marcou a história do cinema, ele mesmo traça essa mesma história, invocando nomes e momentos que a Humanidade não esquecerá.

Eu revi-me na história, ao sentir que para Salvatore ( Totó) o tempo passou a correr…da mesma forma que sinto o meu tempo fugir-me entre os dedos.

E subitamente apenas nos restam as memórias: para uns em suporte de papel, para outros em películas cinematográficas, mas para todos guardadas no coração.

Recomendo!



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