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O parque enche-se de crianças, o jardim de leitores e os produtos biológicos descem à cidade para nos recordar de sabores que já não existem.
Fruta, legumes, azeite e chás, alvos de tratamentos tradicionais, imunes à massificação da produção industrial e dos travos ácidos e insípidos a que esta nos habituou.
Descendo um pouco em direcção ao Cais do Sodré, o sol desperta a boa disposição e o descanso merecido da semana que não o foi.
Nos cafés discutem-se ideias; livros; as gordas do jornal.
Cafés para se estar, para se disfrutar, para pensar e conviver.
A cidade modifica-se. Recupera velhos vícios sob uma nova máscara e convida-nos a vivê-la.
E nós, aceitamos este convite?