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A.N, 12.04.08
Acusam-me de ter perdido o gosto pela escrita; de já não ganhar forças para escrever sobre o que me inquieta, para partilhar uma opinião controversa, para criticar uma peça de teatro ou recomendar um livro. Não é que tenha perdido o gosto. Que Deus nos livre de perder o gosto pelo que quer que seja; que Deus nos livre de cruzar os braços e ceder à apatia.
Por vezes, não se trata de não querer, mas sim de não poder. De deixar-nos absorver pelas mesquinhices rotineiras e o cansaço mental.
Por vezes, simplesmente não há muito que contar e nem os noticiários nos transmitem inspiração, Voluntariamente abdicamos deles, pois no final de um dia cruel, aquilo de que não necessitamos são dos chamados choques de realidade.
Estou cá. Ainda vivo. Ainda quero escrever. Ainda me colocarei a jeito para os ataques fortuitos dos destaques do Sapo. Ainda tenho muito que dizer, ainda não desisti.
Mas agora não tenho tempo...Espero que me perdoem.