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A minha mãe não lê o meu blogue.
Talvez por ser meio torpe no manuseamento de computadores; talvez por preguiça; talvez por pretender, mais do que tudo, ser minha mãe e não uma pseudo melhor amiga e acreditar que ver-me como mulher seria colocar um ponto final no mito da criancice em que insistimos em habitar, a verdade é que ela se por aqui assentou arraiais mais do que meia dúzia de vezes é uma sorte.
Se, por ventura, a minha mãe lesse este blogue, saberia que o facto de muito ter ficado por escrever no ano que findou , significa que muito mais não lhe foi dito, muito mais ficará certamente por partilhar e muito mais do aquilo que escrevo tenho infindáveis milongas que provavelmente nunca lhe contarei.
Agora que o tempo escasseia e o cansaço impera, partilho com ela a alegria dos cinquenta; um caminho de vitórias, orgulhosamente, percorrido, o simples facto de estarmos vivas e de lhe poder reclamar, olhos nos olhos, acerca do facto de "aqui" não me visitar.
Hoje o dia é de festa.
E para ela, pelo dia de hoje e por todos os que passaram e se seguirão, aqui vão os meus parabéns!