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Existem idades indefinidas, as quais são atravessadas como se de um limbo se tratasse.
Demasiado novos para abraçar a total permissão que a experiência da idade adulta nos faculta; demasiado velhos para continuar a aderir à inconsequência e ao desconforto de uma adolescência tardia.
Foi assim aos dezassete, quando subitamente deixámos de ser suficientemente novos para gostar do Benzina, mas simultaneamente, a Kapital continuava a ignorar-nos.
É assim agora aos quase trinta, em que o Twins não nos é familiar, mas no Lux, por vezes, não entramos.
São as indefinições dos tempos; as indecisões da idade; a busca que não cessou aos dezoito, mas que ao invés intensificou-se com os vinte e muitos.