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Ir ao Minipreço, por si, pode transformar-se numa experiência desagradável.
É um supermercado que não dispõe de todas as marcas, os empregados são prodigiosos em demorar o processo de registo das aquisições e em berrar o seu respectivo (e diminuto) valor, os congelados chegam-nos da Roménia e o papel higiénico disponível é invariavelmente de uma gama inferior.
Desfrutar da supra referida experiência no final de um dia de trabalho, onde a pressa de chegar a casa apenas se vê refreada por uma extrema necessidade de comprar salada pré-embalada , pode transformar o simples choro de uma criança numa viagem ao inferno e os gritos da respectiva mãe (que através da existência da pequena criatura se julga legitimada a infringir a lei do silêncio) permitem-nos vislumbrar e sentir os sintomas iniciais de epilépsia.
Junte-se a este cenário um último ingrediente que nos chega através de um olhar libidinoso de um pai que sorri docemente à sua filha enquanto a ameaça com um supositório.
A conclusão não poderia deixar de ser outra: bem-aventurados sejam os que encomendam online.