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O mundo da Ch@p@

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A.N, 17.05.10

Há uma regra universal implícita que passa pelo uso de auriculares na rua.

Geralmente e partindo do pressuposto que os  utilizadores de auriculares não recorrem a estes por alguma razão estética, os que optam por se abstrair do barulho da rua, fazem-no porque desejam alhear-se e porque não querem falar nem que se lhes dirija a palavra, optando por deixar os fios do respectivo ipod ou leitor de mp3 pendurados ao peito de forma a que a essa mensagem seja cabalmente transmitida aos restantes transeuntes.

As pessoas que ouvem música ao caminhar não querem ser paradas, não querem ouvir oportunidades únicas de aderir a um cartão de crédito com vantagens francamente vantajosas, não querem ser indagadas acerca da localização de uma rua ou serviço de finanças e certamente não querem contribuir para a Unicef, à saída do metro, quando já vão atrasados para o emprego.

Vão apressadas, determinadas e por instantes abstraídas da sua realidade.

E quando despertar a mente implica carregar no botão da "pausa", enrolar fios e pedir para repetir as palavras que se perderam entre o toque no braço e o silêncio abrupto, a boa vontade passa a estar apenas ao alcance de pessoas virtuosas.