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As mulheres da minha geração partem sózinhas.
Abandonam empregos, listas de afazeres, os check-ups anuais e o preconceito. Trocam os saltos pelas havaianas e partem à aventura.
À procura do garimpeiro moreno, dos olhos verdes argentinos, dos músculos gregos ou simplesmente de uma recordação, de um avião entre o sol e a lua que abandonaram quando ao saltar.
As mulheres da minha geração não têm preço, não têm escalas, não pedem nada.
Merecem tudo e nada lhes pode ser negado.
O problema, às vezes, reside apenas em não saber o que se pedir.