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Cada vez que vou a Madrid, é inevitável não comparar o crescimento e a movida daquela cidade com a parábola das Bodas de Caná. À semelhança da multiplicação do peixe, pão e vinho, em Madrid multiplicam-se espaços culturais, de diversão, bares, restaurantes e cafés em espaços ínfimos.
Bairros degradados convertem-se em espaços de desfile de moda, locais que atraem restaurantes trendy e gente cosmopolita que vive a vida como apenas os espanhóis.
Os lúgubres matadouros dão lugar a centros de criatividade e inovação, onde a cultura e a veia artística é promovida.
E , na mesma cidade, as tabernas do antigamente com beatas e lixo no chão, convivem harmoniosamente com a realidade da vertiginosa modernidade.
Ninguém vive como os espanhóis.
Afinal, hay que tenerlos, para saber levar para a cova o melhor que esta passagem tem para oferecer.
Mercado de San Antón