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O mundo da Ch@p@

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A.N, 06.06.12

Em Pequim o metro é moderno e eficiente, mas os táxis são baratos (quando se dignam a parar) e as viagens de riquexós, pese embora mais dispendiosas, são uma experiência a não perder e que faz subir a adrenalina no meio do trânsito caótico da capital chinesa.

Contam-nos que há uns anos atrás os riquexós, juntamente com as bicicletas, eram o meio de transporte preferido dos habitantes de Pequim.

 

 

Porém, uma lei mais estrita que obriga à prévia obtenção de um licença para circular nestes triciclos gigantes fez com que muitos desaparecessem de muitas zonas da cidade, sendo agora possível localizá-los, maioritariamente, nas principais zonas turísticas, como a zona da Cidade Proibida, o Parque Behai, Templo do Céu ou nos principais hutongs, antigos bairros labirintícos, com pequenas casas construídas com tijolo e telhados escuros e pátios interiores deliciosos, os quais, infelizmente, têm vindo a ser sucessivamente destruídos pelo governo chinês, para dar lugar a majestosas construções modernas, como foi o caso da Cidade Olímpica.

 

A escolha de um hotel central é essencial quando se visita Pequim. No nosso caso e mediante conselho prévio e sábio da nossa guia familiar, optámos por ficar alojados na zona de Dongchéng, o que facilitou as deslocações para os principais pontos turísticos.Para chegar à Praça da Paz Celestial, à Cidade Proibida, Praça de Tiananmen, Wangfujing e aos seu mercado bastava-nos deslocar a pé e nunca mais do que 10 minutos. Atendendo a que a comunicação com os locais era complicada (poucos ou nenhuns falavam inglês), o facto de nos podermos deslocar de forma independente foi uma benção que nos facilitou a mobilidade.

 

Mas andar a pé pode converter-se numa tarefa complexa, pelo menos nos primeiros dias. As passadeiras que existem na cidade servem, a meu ver, apenas para decorar o alcatrão. Os condutores apenas as respeitam se estas estiverem acompanhadas de um semáforo vermelho e , ainda assim, raras são aquelas pensadas para permitir a passagem dos peões. Geralmente, os peões e os condutores que pretendem inverter o sentido de marcha têm luz verde ao mesmo tempo e nunca, em qualquer circunstância, os peões têm prioridade ou são respeitados.

 

Os dias em Pequim foram velozes, como aliás é o ritmo daquela cidade. A paciência de chinês revelou-se ser um mito. O mesmo, porém, já não se pode dizer das iguarias disponíveis nos mercados de rua. Para os menos aventureiros - como foi o meu caso - existem opções gastronómicas que não passam, necessariamente, por insectos, sapos ou cães (!).

 

Os mercados de rua emanam cheiros fortes, mas proporcionam noodles, dumplings, massas, arroz e inúmeras iguarias a vapor de comer e chorar por mais e a preços muito baratos. Nessa altura da viagem, pouco sabíamos da dificuldade que teríamos na semana seguinte em encontrar pratos igualmente apetitosos para o nosso paladar ocidental. Mas essa é outra história que fica para outro dia.

 

* Devido a dificuldades técnicas, as fotografias ficam para depois.